Gerir uma grande empresa não é tarefa fácil e exige um esforço em conjunto de profissionais de diversas áreas. Contudo, sem uma correta análise da situação atual da empresa e o devido direcionamento, cada um tenderá a puxar a empresa para um lado. E, com isso, ela não sairá do lugar. Por isso a figura do controller é tão importante.
Mas antes de entendermos quem ele é e o que faz, vamos esclarecer para que serve a controladoria de uma empresa. Continue lendo!
O que é controladoria?
A competitividade do mercado cada vez mais acirrada e a crescente exigência dos consumidores provocaram uma consistente mudança na gestão das empresas e novas habilidades. Agora, não basta oferecer um produto ou serviço de qualidade com preço competitivo.
As empresas precisam desenvolver uma visão do seu negócio em curto, médio e longo prazo. E isso só é possível por meio de estratégias que são estabelecidas com a análise de dados da organização e do mercado. Nesse cenário, a controladoria de uma empresa é formada por uma equipe de profissionais multidisciplinares que são responsáveis por reunir e validar os dados de setores vitais para o negócio, transformando-os em relatórios que possibilitarão a elaboração das estratégias necessárias.
Todo esse trabalho oferece embasamento à construção da Visão e manutenção da Missão da empresa.
Qual o papel do controller?
O controller ou gerente de controladoria é um profissional fundamental na gestão das grandes empresas. A ele recai a responsabilidade de coordenar os processos de gestão econômica, financeira e patrimonial, realizando um estudo tanto do ambiente interno como do externo. E só é possível fazer isso com a consolidação das informações apresentadas nos relatórios elaborados por seu setor.
Com a análise desses relatórios gerenciais e o estudo de variáveis macroeconômicas relevantes, ele se mune de informações que possibilitam estabelecer ações que impactam diversos setores da empresa, sendo aplicadas em níveis estratégico, tático e operacional.
Dentre as atribuições sob a responsabilidade do gerente de controladoria, podemos destacar as seguintes:
- estudar os movimentos econômicos e do mercado ao qual a empresa está inserida;
- consolidar dados para relatórios de desempenho de cada área;
- identificar pontos de melhoria e propor ações corretivas, auxiliando no seu desenvolvimento e sempre visando ao aumento da rentabilidade e lucratividade;
- analisar o desempenho de todas ações estratégicas em execução;
- auxiliar na projeção de novos investimentos, tanto em bens, como pessoal ou ferramentas de trabalho;
- realizar a análise da saúde financeira da empresa;
- avaliar os ciclos operacionais;
- definir as premissas orçamentárias e metas;
- organizar o planejamento tributário;
- validar as demonstrações financeiras e, quando necessário, publicá-las;
- certificar-se do cumprimento das normas de auditoria.
Como é possível perceber, o controller tem uma atuação vasta dentro das organizações e precisa, de fato, conhecer muito bem o negócio. Devido a isso, é exigido o domínio de diversas áreas do conhecimento para que uma boa gestão de controladoria possa ser executada. A formação desse profissional precisa ser ampla e são exigidas características variadas, o que o torna um perfil bem complexo.
Qual a formação de um gestor de controladoria?
Por ser um cargo que trabalha, principalmente, com atividades pertinentes à administração, à contabilidade e à economia, é muito comum observar que a formação acadêmica de um controller é relacionada a essas áreas do conhecimento, podendo ser Administração de Empresas, Ciências Contábeis ou Economia.
No entanto, é de extrema importância que esse profissional se dedique sempre a aperfeiçoar seu conhecimento e suas competências. Um bom caminho é a realização de cursos de especialização, como um Master in Business Administration (MBA) ou uma pós-graduação.
Como esse profissional tende a ser responsável por uma grande equipe e se relaciona constantemente com gestores de quase todas as áreas da empresa, além da formação acadêmica e especializações técnicas, ele precisa de competências específicas para a gestão de pessoas. Essas competências podem ser adquiridas por meio de cursos pontuais, como para desenvolver habilidades gerenciais e técnicas de negociação.
Por fim, o profissional que aspira a um cargo de gestor de controladoria ainda encontra no mercado cursos focados na formação de controllers. Quando a empresa possui negócios internacionais, como importação e exportação de produtos ou serviços, é pertinente que esse profissional tenha domínio de outros idiomas — no mínimo o inglês — de forma que seja capaz de ter acesso facilitado a informações que extrapolam os ditames nacionais.
Quais características ideais para esse profissional?
Devido à complexidade das responsabilidades do gestor de controladoria, se espera um conjunto amplo de competências e características profissionais que o tornam apto à correta execução de suas atividades. Dentre as características profissionais esperadas, destacamos:
- bom relacionamento com profissionais de diversas áreas;
- capacidade analítica;
- facilidade de planejamento em curto, médio e longo prazo;
- pensamento sistêmico;
- percepção multidisciplinar;
- postura de sigilo no trato das informações;
- visão estratégica.
Essas características permitirão, como dito anteriormente, que o controller seja capaz de compreender a cultura organizacional e de observar, entender e manipular os desafios enfrentados nos diversos momentos pelos quais a empresa pode passar.
Quais são os desafios de um controller?
Com base em todas essas informações é muito fácil entender que a gestão de controladoria não é propícia a boa parte dos profissionais, pois exige uma formação sólida e bem direcionada, além de constantes atualizações. Assim, o mercado busca, cada vez mais, por profissionais completos, capazes de agregar não apenas em sua área de atuação como nos diferentes setores que compõem o negócio das empresas.
Portanto, o controller é um dos profissionais com visão crítica orientada para a otimização de resultados. E isso só é possível porque ele é capaz de traduzir uma boa gestão em números, respaldado pelos diversos indicativos pertinentes à administração.
A função desse profissional transcende a relação contábil e financeira das empresas, pois avança por questões estratégicas, servindo como um pilar robusto de apoio às mais importantes decisões empresariais.
O tema deste artigo está relacionado ao tema do curso “Formação em Finanças Corporativas”, elaborado pela BLB Brasil Escola de Negócios, nas modalidades A Distância (EAD) e In Company.
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