Algo não vai bem com a sua empresa, mas é difícil identificar o que está havendo? É bem provável que o que está faltando para que seus negócios decolem de vez ou que ganhem novas perspectivas seja um bom Planejamento Estratégico.
Programar as ações que serão realizadas e como devem ser feitas, definir as metas e a melhor forma de obtê-las são trabalhos que englobam o Planejamento Estratégico. Para que todos esses objetivos sejam alcançados existem algumas ferramentas que devem ser utilizadas.
Neste artigo você vai conhecer quais são essas ferramentas e como usá-las, mas para que você aprenda esses mecanismos, primeiro é necessário entender o que é um Planejamento Estratégico de empresa.
Para que serve o Planejamento Estratégico?
É uma maneira de facilitar a gestão em todos os aspectos, programando de forma estratégica a melhor utilização de todos os recursos e, dessa maneira, melhorar a produtividade e a qualidade dos processos. Com um bom Planejamento Estratégico é possível identificar maneiras assertivas de atingir esses objetivos.
Essa metodologia começou a ser difundida nos anos 1960 com as grandes corporações, mas atualmente não importa o tamanho da empresa ou do negócio, sua implantação é útil inclusive para as PMEs.
O Planejamento Estratégico também pode ser definido como a análise de uma empresa por seus diversos ângulos, de modo que seus caminhos sejam direcionados e monitorados de acordo com uma meta determinada.
É um trabalho sistêmico e contínuo, no qual todas as ações envolvidas nesse processo seguem um plano determinado, mas muitas vezes podem ser conduzidas e alteradas levando em consideração os resultados obtidos referentes a essas ações.
Como o Planejamento é realizado?
A eficácia de um Planejamento Estratégico depende de como ele é construído. É necessário, em um primeiro momento, identificar algumas características da empresa para posteriormente elaborar os objetivos que devem ser alcançados. Por conta disso, devem ser considerados alguns elementos:
- Diagnóstico da estrutura organizacional;
- Definição do negócio;
- Definição da ideologia a ser cultivada, como valores, missão e visão;
- Pontos fortes e fracos da empresa;
- Oportunidades e ameaças no mercado;
- Expectativas e objetivos gerais.
Esses dados são recolhidos por meio de entrevistas com os envolvidos na gestão dos negócios, incluindo gerentes e diretores. Inclui ainda pesquisas de documentos, estudos de mercado, análise da concorrência e outras formas que agreguem o máximo possível de informações para que se tenha um conhecimento completo sobre o negócio.
Com base na análise dos dados reunidos, é possível identificar as oportunidades, as ameaças, e os pontos fortes do negócio, facilitando para os gestores da empresa a elaboração das metas que almejam alcançar.
Quais são as ferramentas de auxílio?
A conquista do objetivo é somente a parte final desse processo todo. Antes disso, há a necessidade de determinar como será a medição das metas e delinear os passos que possibilitarão fazer das ideias resultados concretos.
As Ferramentas de Planejamento Estratégico funcionam no sentido de auxiliar da melhor forma a colocar o plano em prática. Listamos 5 mecanismos que são os mais utilizados pelas empresas:
1 – Método OKR
Peter Drucker, guru da administração nos anos 1950, já dizia “o que não dá para medir não dá para gerenciar”.
Os Objectives and Key Results (OKR) são uma ferramenta poderosa que pode ser utilizada para o encaminhamento do Planejamento Estratégico.
Eles são usados como uma ferramenta de gestão e comunicação muito eficaz, pois auxiliam na criação de foco e alinhamento do esforço de toda a equipe em torno de um objetivo desafiador.
Os OKR foram criados pelo ex-CEO da Intel, Andrew S. Grove, mas se tornaram mais conhecidos quando, em 1999, um dos investidores do Google, John Doerr, apresentou a metodologia para os funcionários da empresa em volta de uma mesa de ping pong. Sim, todos os funcionários do Google cabiam em torno de uma mesa de ping pong.
O método ganhou a fama por ter suportado o crescimento do Google – a empresa foi de cerca de 40 pessoas em 1999 para mais de 60 mil atualmente, mostrando que pode ser utilizado tanto por pequenas empresas como por grandes corporações – como lembra Felipe Castro, OKR Coach e sócio da Lean Performance.
De modo simplificado, Doerr estabeleceu a fórmula para definir metas sendo como:
“Eu vou” (objetivo) e “medido por” (conjunto de resultados-chave).
Ou seja, nos OKRs nós temos dois principais componentes:
- Objetivos (O): declaração concisa da direção desejada pela empresa. Um bom objetivo tem que ser vividamente descrito para que as pessoas possam imaginar o quão impactante será alcançá-lo;
- Resultados-chave (KR): metas com impacto direto no atingimento do objetivo caso seja realizada com sucesso.
O objetivo é qualitativo e os KRs (na maioria das vezes entre 2 e 5 para cada objetivo) são quantitativos.
Enquanto os objetivos devem ser concisos, claros e operacionais para estarem sempre na cabeça dos colaboradores, os resultados-chave são usados para indicar se o objetivo foi atingido até o final de período – normalmente trimestral para OKRs táticos e anual para OKRs estratégicos.
2- Análise SWOT
Conhecida também como FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças), essa ferramenta permite realizar um diagnóstico do seu negócio.
As Forças e as Fraquezas estão relacionadas ao ambiente interno da empresa e englobam o desenvolvimento dos processos e suas vantagens e desvantagens sobre seus concorrentes.
Já as Oportunidades e as Ameaças são fatores externos, nos quais estão incluídos a confiança dos dados, as reduções de erros e todos os aspectos positivos e negativos em relação às vantagens competitivas.
A análise possibilita que seja elaborado um plano de redução de riscos, o que contribui para o aumento nas chances de sucesso.
3- Análise 360° de oportunidades de negócios
A função dessa ferramenta é verificar se suas ideias são viáveis para seus negócios. Com ela é possível descobrir, entre um pacote de ideias, qual será mais lucrativa ou mais benéfica para seu negócio.
Como o próprio nome diz, essa análise permite, por meio de todos os ângulos, avaliar se o conceito criado é bom para o cliente, adequado ao mercado e, por fim, se resultará em maior rentabilidade.
4- Matriz BCG
Essa técnica é uma metodologia gráfica e está relacionada ao ciclo de vida de um produto e as estratégias de venda. Ela compara os produtos ou um serviço de acordo com sua participação no mercado e seu potencial de venda.
Com base nos resultados dessa análise gráfica é possível definir quais atitudes devem ser tomadas em relação aos produtos ou serviços em questão.
Aumentar a participação do mercado, manter, vender ou encerrar o negócio são decisões que podem ser definidas por essa ferramenta.
5- Cinco forças de Porter
A ferramenta Cinco forças de Porter tem a função de avaliar e determinar como a empresa deve se posicionar em relação à concorrência. Por meio dessa ferramenta é possível analisar os pontos mais fortes e os mais fracos do negócio e como se destacar perante os concorrentes. São elas:
- Rivalidade entre os concorrentes;
- Poder de negociação dos clientes;
- Poder de negociação dos fornecedores;
- Ameaça de novos concorrentes;
- Ameaça de substituição de produtos.
A forma como é realizada a utilização dessas cinco forças pode afetar a relação com os clientes e a obtenção de lucro.
Para ter acesso às cinco ferramentas clique: Método OKR, Análise SWOT, Análise 360°, Matriz BCG e Cinco forças de Porter.
Gostou deste artigo? Então não deixe de ler Inovação estratégica: navegar é preciso.
Olá!
No parágrafo “Para ter acesso às cinco ferramentas clique…” o link da ferramenta “Análise SWOT” está direcionando para a ferramenta “Análise 360º”.
Parabéns pelo artigo! Me ajudou bastante (:
Olá, Sarah!
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