Fusões e aquisições: do que se trata?
A expressão fusões e aquisições, ou talvez mais comumente usada em inglês, M&A, é a forma com a qual empresas compram e vendem outras empresas (total ou parcialmente), ou até mesmo fazem fusão de duas ou mais empresas.
Tanto no Brasil quanto no exterior, o número de fusões e aquisições continua crescendo rapidamente. De acordo com o relatório da PwC, desde 2016 o Brasil registra aumentos significativos em número de transações (recorde histórico de 912 em 2019).
Compra de empresas podem ser decisões interessantes quando o processo é realizado por uma equipe experiente e multidisciplinar. Atualmente, em momentos de crise global e juros baixos, a estratégia de comprar empresas para aumentar o share de mercado pode se mostrar bastante inteligente para sair na frente dos concorrentes no momento da retomada econômica.
As mais diversas empresas, em todos os setores da economia, optam tanto por crescer organicamente quanto por realizar operações de M&A. No entanto, não há um setor no qual uma ou outra estratégia seja dominante. Por esse motivo precisamos entender quais os aspectos mais relevantes para tomar tais decisões.
Compra ou crescimento orgânico? Que variáveis uma empresa deve considerar?
Alguns aspectos mais comuns:
- Custo de Capital;
- Posicionamento estratégico em relação aos concorrentes;
- Desejo de entrar em um novo mercado ou país;
- Barreiras de entrada existentes;
- Preço que as empresas estão sendo negociadas no mercado;
- Alinhamento de cultura entre compradores e vendedores.
Por um lado, o crescimento orgânico é praticado por todas as empresas. Visto ser a maneira mais comum, raramente é a mais simples. Em função do segmento que a empresa se encontra, crescer somente de maneira orgânica pode demandar investimentos expressivos.
Via de regra, o crescimento orgânico é mais lento que um processo de M&A pois é o empresário quem dita sua velocidade e depende, em grande medida, da taxa de crescimento de mercado como um todo. Por esse motivo é bem recomendado que empresas utilizem o crescimento orgânico como âncora e utilizem o crescimento inorgânico como um complemento para a sua estratégia central. As quatro principais formas de crescimento orgânico são as seguintes:
- Aumento na capacidade produtiva por meio de investimentos em capital (seja ele humano ou capital);
- Desenvolvimento e lançamento de novos produtos e canais de vendas;
- Expansão para novos mercados (exportação, por exemplo);
- Aumentar a base de clientes por meio de marketing.
Em contrapartida, as operações de Fusões e Aquisições oferecem diversos benefícios às empresas cuja estratégia de crescimento está bem definida e precisam agir de maneira certeira e rápida para atingir um nicho específico.
Iniciar a atuação em uma região onde a empresa ainda não possui clientes via crescimento inorgânico pode até mesmo se mostrar menos custoso do que iniciar de maneira orgânica. Isso em razão de a empresa gozar de benefícios como a famosa economia de escala. Por exemplo, se forem duplicados os fatores de produção, a produção mais que dobrará.
O principal desafio vem após a fusão ou aquisição, ou seja, a integração das novas equipes que definirá o sucesso da operação.
Em suma, existem inúmeras abordagens para essa questão. A escolha entre acelerar o crescimento via M&A ou crescer de maneira orgânica depende de diversos fatores abordados nesse texto. O que realmente importa é tomar a decisão que mais se alinha com a estratégia central da empresa e executá-la de maneira a maximizar o valor gerado. O trabalho de avaliadores especialistas e independentes da BLB pode ajudar sua empresa nessa tomada de decisão. Fale conosco!
Raphael Bloch Belizario
Consultor em Fusões e Aquisições da Divisão Societária e de M&A na BLB